Métodos e pegadas na musculação

04-09-2010 01:20

EMPUNHADURA, PEGADA, AJUDA E

MÉTODOS DE TREINAMENTO EM

MUSCULAÇÃO

FORMAS DE EMPUNHADURA

Refere-se ao posicionamento das mãos em relação aos ombros.

ABERTA: Mais aberta do que a amplitude dos ombros

MÉDIA: Aproximadamente na mesma amplitude dos ombros

FECHADA: Mais fechada que a amplitude dos ombros

FORMAS DE PEGADA

Refere-se ao posicionamento das mãos e dedos em relação à barra ou aparato.

SUPINADA: Na “posição anatômica “ a palma das mãos fica voltada para fora ou para frente.

PRONADA: Na “posição anatômica” a palma das mãos fica voltada na direção do corpo ou

para trás.

NEUTRA: É a pegada intermediária entre a pegada supinada e pronada

ALTERNADA: A palma de uma das mãos é direcionada para fora e a outra na direção do

corpo

PEGADA ENVOLVENDO O APARATO C/ O POLEGAR: mais utilizada em exercícios de

“puxar” oferecendo firmeza na execução do exercício.

PEGADA COM O POLEGAR POR DETRÁS DA BARRA: mais utilizada em exercícios de

“empurrar” não sobrecarregando os músculos, tendões e ligamentos do antebraço.

FORMAS DE AJUDA NA MUSCULAÇÃO

• Deve-se acompanhar o movimento anatômico do exercício;

• Utilizar o mínimo de ajuda possível, o suficiente apenas para não permitir a parada total

da repetição nos pontos críticos de execução;

• Prestar atenção o tempo inteiro no aluno que esta treinando da primeira a última

repetição.

• Estimular o aluno;

• Orientar e corrigir a execução quando esta estiver falha.

AJUDA NA MÃO: Recomenda-se, por exemplo, em exercícios como Rosca Scott ou Tríceps

Testa, oferece mais sensibilidade para poder aplicar a ajuda no momento preciso. É importante

não machucar a mão do executante, caso gere desconforto optar por outro tipo de ajuda.

AJUDA NA BARRA: Recomenda-se para exercícios como o Supino Reto e Pulley Costas. No

caso do Supino Reto, pode optar por uma Pegada Supinada (pouca ajuda) onde somente terá

a participação da articulação do cotovelo, ou uma Pegada Alternada (muita ajuda), onde

teremos a participação de outras articulações com a dos ombros e quadril.

AJUDA NAS ARTICULAÇÕES OU EXTREMIDADES: Na execução de exercícios como o

desenvolvimento com halteres, optamos pela ajuda na articulação dos cotovelos, caso exista

insegurança ou desconforto utilizar outro tipo ajuda. Em exercícios como Mesa Flexora a ajuda

nos calcanhares pode oferecer boa sensibilidade ao ajudante.

AJUDA NAS PLACAS: Este tipo de auxilio pode ser bastante útil, por exemplo, em exercícios

como no aparelho Gravitron onde não ocorra o desequilíbrio das placas quando tocadas.

AJUDA NO CABO: A ajuda no cabo deve ser utilizada somente quando não for alterar o

padrão de execução, sendo indicada em exercícios como Remada Baixa ou Tríceps no Pulley.

 

HIERARQUIA, CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DOS MÉTODOS

DE TREINAMENTO EM MUSCULAÇÃO

ORGANIZAR A ORDEM OU VARIAÇÕES ANATÔMICAS

Critérios: Número de grupamentos envolvidos, Número de articulações envolvidas, Tamanho

do grupamento, origem e inserção.

1) ALTERNADO POR SEGMENTO

SIMPLES: Não se repete dois exercícios para o mesmo grupamento muscular, a fim de

evitar uma fadiga localizada precoce.

PRIORITÁRIA: Inicia-se o treinamento com um exercício que ative o grupo muscular

alvo, ou retorna-se ao trabalho de determinado músculo ou exercício alvo.

2) LOCALIZADO POR ARTICULAÇÃO

SIMPLES: A mesma articulação é solicitada em uma seqüência de exercícios.

AGONISTA / ANTAGONISTA: O primeiro exercício trabalha o agonista e o segundo

exercício trabalha o antagonista do primeiro exercício.

PRÉ-EXAUSTÃO: Exaure o músculo no primeiro exercício e no segundo usa-se um

exercício que permita a ajuda de outros músculos que não aquele trabalhado.

3) COMBINADO

BI-SET: Agrupamento de dois exercícios diferentes podendo ser para o mesmo

músculo ou não

TRI-SET: Agrupamento de três exercícios diferentes podendo ser para o mesmo

músculo ou grupamento muscular ou não.

SUPER-SÉRIE: Agrupamento de mais de três exercícios diferentes podendo ser para o

mesmo músculo ou grupamento muscular ou não.

EMPREGAR VOLUME E INTENSIDADE DE CARGA

Critérios: Peso (indicado %), series ou grupos, repetições, intervalo de recuperação.

1) MÉTODO TRADICIONAL: 3x10-80% de carga, 1'30 de intervalo, onde todas as ações são

predeterminadas. Pode ser aplicado para todas as modalidades.

 

2) PESO FIXO E REPETIÇÕES VARIADAS: Existe a variação apenas do número de

repetições.

CRESCENTE: Aumentam o número de repetições.

DECRESCENTE: Diminuem o número de repetições.

 

3) MÉTODO PESO E REPETIÇÕES FIXAS E INTERVALO VARIADO: Apenas os intervalos

entre as séries ou exercícios são variados.

CRESCENTE: Aumenta-se o tempo de intervalo.

DECRESCENTE: Diminuímos o tempo de intervalo.

 

4) MÉTODO PIRAMIDAL: Método onde o peso é aumentado progressivamente, sendo que no

ápice deste treino desenvolve-se a força máxima.

CRESCENTE TRUNCADO: Interrompe o treino antes de chegar no ápice da carga.

DECRESCENTE: Inicia-se as séries com a maior carga, ocorrendo a sua redução nas

séries seguintes.

DECRESCENTE TRUNCADO: Interrompemos o treino antes de chegar a menor carga.

 

5) MÉTODO ESCADA CRESCENTE: O peso é repetido por duas séries, sendo aumentado na

subseqüente.

 

6) MÉTODO ONDA CONSTANTE: O aumento do peso em uma serie é seguido da diminuição

do peso na serie seguinte e assim sucessivamente, com isso temos o acionamento de fibras

musculares de contração lenta e contração rápida.

 

7) MÉTODO ONDA

CRESCENTE: 40%, 60%, 50%, 70%, 40% de carga, também com o objetivo de

solicitar tipos de fibras diferentes.

DECRESCENTE: 80%, 60%, 70%, 50% de carga, também com o objetivo de solicitar

tipos de fibras diferentes. Neste tipo de treino deve-se atentar ao descanso.

 

8) DROP-SET: Uma série é realizada até o esgotamento total, ou número de

repetições estipuladas, quando então ocorre uma alteração do peso, a série é

imediatamente continuada até obter ou o esgotamento total o número de repetições

estipuladas, sendo que este processo pode ser realizado duas, três ou mais vezes.

 

VARIAÇÕES NA EXECUÇÃO BIOMECÂNICA OU NA EXIGÊNCIA FISIOLÓGICA

Critérios: Tipo de trabalho muscular, ritmo de execução, alavancas biológicas, tipos de

resistência.

1) MÉTODO POSITIVO-NEGATIVO: Execução onde ocorre atenção no músculo alvo tanto nas

fases concêntrica e excêntrica do exercício.

2) MÉTODO POSITIVO: Ênfase na fase concêntrica do exercício.

3) MÉTODO NEGATIVO: Ênfase na fase excêntrica do exercício.

ATIVO: O executante controla o tempo de execução.

PASSIVO: As execuções não sofrem controle, mas tenta-se este controle.

4) MÉTODO DE REPETIÇÕES PARCIAIS: Na execução do exercício não se utiliza todo o

ângulo possível no movimento.

POSITIVO-NEGATIVO PARCIAIS: Proporciona um maior “bombeamento sanguíneo”,

exemplo Rosca 21.

POSITIVO PARCIAL NEGATIVO COMPLETO: Técnica que somente será possível

com ajuda, onde se determina o ângulo de exigência concêntrica e aplica-se força

somente neste ponto e na fase excêntrica do exercício, sendo função do companheiro

vencer o restante da angulação concêntrica.

POSITIVO COMPLETO NEGATIVO PARCIAL: Técnica que somente será possível

com ajuda, onde o executante realiza toda a fase concêntrica e na execução da fase

excêntrica, determina-se um ângulo desejado, sendo função do companheiro realizar o

restante da angulação.

INSISTENTE: A cada duas execuções incompletas temos uma completa.

5) MÉTODO BIOMECÂNICO: Intensificar a fase excêntrica e facilitar a concêntrica.

6) MÉTODO AUXOTÔNICO: Utilização de fases concêntrica-excêntrica e isométrica.

7) MÉTODO DO “PICO DE CONTRAÇÃO”: No ângulo de maior encurtamento do músculo treinado realizar a isometria.

8) MÉTODO DA TENSÃO LENTA E CONTINUA: Deve ser o método mais utilizado em treinamento onde a execução deve ser lenta o tempo inteiro.

9) MÉTODO DO DUPLO RECRUTAMENTO: Alternância do ritmo como por exemplo iniciar de forma lenta e depois rápida.

10) MÉTODO ROUBADO: Quando se atinge a fadiga em determinado ângulo de execução utiliza-se outros grupamento musculares ou alavancas iomecânicas para a finalização do exercício

11) MÉTODO AJUDADO: Existe o acompanhamento em todo o trabalho realizado.

12) MÉTODO DE TENSÃO DINÂMICA: Durante a execução do exercício mantém uma mão aberta e outra fechada. Desenvolvido por Charles Atlas.

13) MÉTODO PLIOMÉTRICO: Utilizado para aumentar a potência, oferece um alongamento e em seguida um pico de contração.

14) MÉTODO DE PAUSA DESCANSO (RET PAUSE TRAINING): Na transição entre as execuções oferece-se uma pausa.