Métodos e pegadas na musculação
EMPUNHADURA, PEGADA, AJUDA E
MÉTODOS DE TREINAMENTO EM
MUSCULAÇÃO
FORMAS DE EMPUNHADURA
Refere-se ao posicionamento das mãos em relação aos ombros.
ABERTA: Mais aberta do que a amplitude dos ombros
MÉDIA: Aproximadamente na mesma amplitude dos ombros
FECHADA: Mais fechada que a amplitude dos ombros
FORMAS DE PEGADA
Refere-se ao posicionamento das mãos e dedos em relação à barra ou aparato.
SUPINADA: Na “posição anatômica “ a palma das mãos fica voltada para fora ou para frente.
PRONADA: Na “posição anatômica” a palma das mãos fica voltada na direção do corpo ou
para trás.
NEUTRA: É a pegada intermediária entre a pegada supinada e pronada
ALTERNADA: A palma de uma das mãos é direcionada para fora e a outra na direção do
corpo
PEGADA ENVOLVENDO O APARATO C/ O POLEGAR: mais utilizada em exercícios de
“puxar” oferecendo firmeza na execução do exercício.
PEGADA COM O POLEGAR POR DETRÁS DA BARRA: mais utilizada em exercícios de
“empurrar” não sobrecarregando os músculos, tendões e ligamentos do antebraço.
FORMAS DE AJUDA NA MUSCULAÇÃO
Deve-se acompanhar o movimento anatômico do exercício;
Utilizar o mínimo de ajuda possível, o suficiente apenas para não permitir a parada total
da repetição nos pontos críticos de execução;
Prestar atenção o tempo inteiro no aluno que esta treinando da primeira a última
repetição.
Estimular o aluno;
Orientar e corrigir a execução quando esta estiver falha.
AJUDA NA MÃO: Recomenda-se, por exemplo, em exercícios como Rosca Scott ou Tríceps
Testa, oferece mais sensibilidade para poder aplicar a ajuda no momento preciso. É importante
não machucar a mão do executante, caso gere desconforto optar por outro tipo de ajuda.
AJUDA NA BARRA: Recomenda-se para exercícios como o Supino Reto e Pulley Costas. No
caso do Supino Reto, pode optar por uma Pegada Supinada (pouca ajuda) onde somente terá
a participação da articulação do cotovelo, ou uma Pegada Alternada (muita ajuda), onde
teremos a participação de outras articulações com a dos ombros e quadril.
AJUDA NAS ARTICULAÇÕES OU EXTREMIDADES: Na execução de exercícios como o
desenvolvimento com halteres, optamos pela ajuda na articulação dos cotovelos, caso exista
insegurança ou desconforto utilizar outro tipo ajuda. Em exercícios como Mesa Flexora a ajuda
nos calcanhares pode oferecer boa sensibilidade ao ajudante.
AJUDA NAS PLACAS: Este tipo de auxilio pode ser bastante útil, por exemplo, em exercícios
como no aparelho Gravitron onde não ocorra o desequilíbrio das placas quando tocadas.
AJUDA NO CABO: A ajuda no cabo deve ser utilizada somente quando não for alterar o
padrão de execução, sendo indicada em exercícios como Remada Baixa ou Tríceps no Pulley.
HIERARQUIA, CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DOS MÉTODOS
DE TREINAMENTO EM MUSCULAÇÃO
ORGANIZAR A ORDEM OU VARIAÇÕES ANATÔMICAS
Critérios: Número de grupamentos envolvidos, Número de articulações envolvidas, Tamanho
do grupamento, origem e inserção.
1) ALTERNADO POR SEGMENTO
SIMPLES: Não se repete dois exercícios para o mesmo grupamento muscular, a fim de
evitar uma fadiga localizada precoce.
PRIORITÁRIA: Inicia-se o treinamento com um exercício que ative o grupo muscular
alvo, ou retorna-se ao trabalho de determinado músculo ou exercício alvo.
2) LOCALIZADO POR ARTICULAÇÃO
SIMPLES: A mesma articulação é solicitada em uma seqüência de exercícios.
AGONISTA / ANTAGONISTA: O primeiro exercício trabalha o agonista e o segundo
exercício trabalha o antagonista do primeiro exercício.
PRÉ-EXAUSTÃO: Exaure o músculo no primeiro exercício e no segundo usa-se um
exercício que permita a ajuda de outros músculos que não aquele trabalhado.
3) COMBINADO
BI-SET: Agrupamento de dois exercícios diferentes podendo ser para o mesmo
músculo ou não
TRI-SET: Agrupamento de três exercícios diferentes podendo ser para o mesmo
músculo ou grupamento muscular ou não.
SUPER-SÉRIE: Agrupamento de mais de três exercícios diferentes podendo ser para o
mesmo músculo ou grupamento muscular ou não.
EMPREGAR VOLUME E INTENSIDADE DE CARGA
Critérios: Peso (indicado %), series ou grupos, repetições, intervalo de recuperação.
1) MÉTODO TRADICIONAL: 3x10-80% de carga, 1'30 de intervalo, onde todas as ações são
predeterminadas. Pode ser aplicado para todas as modalidades.
2) PESO FIXO E REPETIÇÕES VARIADAS: Existe a variação apenas do número de
repetições.
CRESCENTE: Aumentam o número de repetições.
DECRESCENTE: Diminuem o número de repetições.
3) MÉTODO PESO E REPETIÇÕES FIXAS E INTERVALO VARIADO: Apenas os intervalos
entre as séries ou exercícios são variados.
CRESCENTE: Aumenta-se o tempo de intervalo.
DECRESCENTE: Diminuímos o tempo de intervalo.
4) MÉTODO PIRAMIDAL: Método onde o peso é aumentado progressivamente, sendo que no
ápice deste treino desenvolve-se a força máxima.
CRESCENTE TRUNCADO: Interrompe o treino antes de chegar no ápice da carga.
DECRESCENTE: Inicia-se as séries com a maior carga, ocorrendo a sua redução nas
séries seguintes.
DECRESCENTE TRUNCADO: Interrompemos o treino antes de chegar a menor carga.
5) MÉTODO ESCADA CRESCENTE: O peso é repetido por duas séries, sendo aumentado na
subseqüente.
6) MÉTODO ONDA CONSTANTE: O aumento do peso em uma serie é seguido da diminuição
do peso na serie seguinte e assim sucessivamente, com isso temos o acionamento de fibras
musculares de contração lenta e contração rápida.
7) MÉTODO ONDA
CRESCENTE: 40%, 60%, 50%, 70%, 40% de carga, também com o objetivo de
solicitar tipos de fibras diferentes.
DECRESCENTE: 80%, 60%, 70%, 50% de carga, também com o objetivo de solicitar
tipos de fibras diferentes. Neste tipo de treino deve-se atentar ao descanso.
8) DROP-SET: Uma série é realizada até o esgotamento total, ou número de
repetições estipuladas, quando então ocorre uma alteração do peso, a série é
imediatamente continuada até obter ou o esgotamento total o número de repetições
estipuladas, sendo que este processo pode ser realizado duas, três ou mais vezes.
VARIAÇÕES NA EXECUÇÃO BIOMECÂNICA OU NA EXIGÊNCIA FISIOLÓGICA
Critérios: Tipo de trabalho muscular, ritmo de execução, alavancas biológicas, tipos de
resistência.
1) MÉTODO POSITIVO-NEGATIVO: Execução onde ocorre atenção no músculo alvo tanto nas
fases concêntrica e excêntrica do exercício.
2) MÉTODO POSITIVO: Ênfase na fase concêntrica do exercício.
3) MÉTODO NEGATIVO: Ênfase na fase excêntrica do exercício.
ATIVO: O executante controla o tempo de execução.
PASSIVO: As execuções não sofrem controle, mas tenta-se este controle.
4) MÉTODO DE REPETIÇÕES PARCIAIS: Na execução do exercício não se utiliza todo o
ângulo possível no movimento.
POSITIVO-NEGATIVO PARCIAIS: Proporciona um maior “bombeamento sanguíneo”,
exemplo Rosca 21.
POSITIVO PARCIAL NEGATIVO COMPLETO: Técnica que somente será possível
com ajuda, onde se determina o ângulo de exigência concêntrica e aplica-se força
somente neste ponto e na fase excêntrica do exercício, sendo função do companheiro
vencer o restante da angulação concêntrica.
POSITIVO COMPLETO NEGATIVO PARCIAL: Técnica que somente será possível
com ajuda, onde o executante realiza toda a fase concêntrica e na execução da fase
excêntrica, determina-se um ângulo desejado, sendo função do companheiro realizar o
restante da angulação.
INSISTENTE: A cada duas execuções incompletas temos uma completa.
5) MÉTODO BIOMECÂNICO: Intensificar a fase excêntrica e facilitar a concêntrica.
6) MÉTODO AUXOTÔNICO: Utilização de fases concêntrica-excêntrica e isométrica.
7) MÉTODO DO “PICO DE CONTRAÇÃO”: No ângulo de maior encurtamento do músculo treinado realizar a isometria.
8) MÉTODO DA TENSÃO LENTA E CONTINUA: Deve ser o método mais utilizado em treinamento onde a execução deve ser lenta o tempo inteiro.
9) MÉTODO DO DUPLO RECRUTAMENTO: Alternância do ritmo como por exemplo iniciar de forma lenta e depois rápida.
10) MÉTODO ROUBADO: Quando se atinge a fadiga em determinado ângulo de execução utiliza-se outros grupamento musculares ou alavancas iomecânicas para a finalização do exercício
11) MÉTODO AJUDADO: Existe o acompanhamento em todo o trabalho realizado.
12) MÉTODO DE TENSÃO DINÂMICA: Durante a execução do exercício mantém uma mão aberta e outra fechada. Desenvolvido por Charles Atlas.
13) MÉTODO PLIOMÉTRICO: Utilizado para aumentar a potência, oferece um alongamento e em seguida um pico de contração.
14) MÉTODO DE PAUSA DESCANSO (RET PAUSE TRAINING): Na transição entre as execuções oferece-se uma pausa.